Vício em pornografia: será que tenho esse problema?

O vício em pornografia e masturbação é um problema que causa problemas em diversas áreas da vida da pessoa e  tem se tornado cada vez mais comum nos dias de hoje. Nesse artigo falaremos um pouco mais sobre essas condições e como conseguir melhorar caso seja seu caso.

Índice

Qual o médico procurar para tratar vício da pornografia?

O médico que trata vícios e dependências é aquele que estuda e trabalha com enfoque na área de saúde mental.

Quando pensamos em qual médico cuida de vício em pornografia é sempre bom irmos atrás daquele profissional que te acolhe, ouve sua história, te entende, orienta e trata.

Dr. Luís é médico para dependência em pornografia e masturbação, com prática e resultados no tratamento desse quadro.

Quem pode ter?

Vale ressaltar que esse tipo de transtorno ainda não tem um diagnóstico muito preciso, não sendo muito aceito por toda comunidade científica quando pensamos nela como transtorno, alguns acreditam que ela nem é um problema real. Eu acredito, pela minha experiência, que é um problema verdadeiro.

Ainda assim é inegável que, no mínimo, o abuso de pornografia e masturbação tem se tornado algo cada vez mais frequente.

Estima-se que cerca de 3-6% da população possa ter esse quadro, mas essa prevalência pode variar pela dificuldade de critérios para um diagnóstico formal e de busca por ajuda.

 

Quais as causas?

Diversas são as causas de podem levar ao desenvolvimento de vício em pornografia e vício em masturbação. 

  • É comum em condições subjacentes de saúde mental, como uma pessoa que usa pornografia para escapar do sofrimento psicológico. Tanto com quadros associados de ansiedade e depressão, mas também acomete em sofrimentos de origem mais psíquica/espiritual. 
  • Também pode estar relacionado com pessoas que apresentam algum problemas de relacionamento. Nesses casos a pornografia pode ser uma saída para a insatisfação sexual.
  • Uma “educação” errada, mas não no sentido de modo de criação, mas sim no imaginário (naquilo que temos como modelos/exemplos dentro da nossa cabeça), podem fazer com que tenhamos normas culturais prejudiciais. Desse modo, ideias sobre como as pessoas devem se parecer e se comportar durante o sexo, os tipos de sexo que uma pessoa deve desfrutar e normas semelhantes podem atrair algumas pessoas para a pornografia.
  • E por fim as causas biológicas. Certos fatores biológicos, incluindo mudanças na química do cérebro quando uma pessoa vê pornografia, podem aumentar o risco de dependência
pornografia

Quais as consequências?

Existem graus diversos desse tipo de dependência, no geral é possível ver suas consequências mesmo em graus mais baixo de consumo de pornografia e prática de masturbação.

É comum que a vida sexual de uma pessoa torna-se menos satisfatória. Além disso a pornografia causa problemas de relacionamentos ou faz com que uma pessoa se sinta menos satisfeita com seu parceiro.

Com graus mais intensos de dependência, uma pessoa pode se envolver em comportamentos de risco para conseguir ver pornografia, como fazê-lo no trabalho ou outros locais públicos.

Ignoram outras responsabilidades do seu dia a dia para ver pornografia.

Podemos observar não só o aumento do consumo, mas também o conteúdo pornográfico que assistem, que torna-se progressivamente mais extremos para se sentirem estimulados e obterem o mesmo prazer que a pornografia menos extrema antes oferecia.

É comum o sentimento de frustração ou vergonha depois de ver pornografia, mas continuam a fazê-lo.

No geral querem parar de usar pornografia, mas se sentem incapazes de fazê-lo.

Há casos que gastam grandes somas de dinheiro em pornografia, possivelmente às custas das necessidades diárias ou familiares.

Usam a pornografia para lidar com a tristeza, ansiedade, insônia ou outros problemas de saúde mental.

Por que acontece isso?

O consumo de pornografia e a masturbação causa uma bagunça na dopamina (hormônio relacionado com felicidade/prazer).

Assim, com frequentes estímulos nosso cérebro se acostuma com experiências muito intensas.

Isso altera nosso sistema de recompensas, de certa forma o torna mais resistente, que acaba demandando estímulos mais frequentes e intensos.

Com isso conseguimos explicar parte das consequências que vimos anteriormente:

Perca de interesse nas coisas, “tudo” fica sem graça, insosso. E assim a pessoa fica mais apática.

DIsso conseguimos entender o porquê da perda do interesse por relacionamentos reais. A realidade não parece tão estimulante como já foi um dia.

A pessoa fica desmotivada para fazer as coisas. De certa forma a pornografia deixa seu consumidor “preguiçoso”, pois tudo (em algum grau) demanda esforço.

A pornografia e a masturbação acostuma seu usuário a obter as coisas de modo rápido e fácil, além de demandar energia. Não é raro os sentimentos de cansaço, exaustão e baixo desempenho no trabalho por conta disso.

Na vida sexual da pessoa a disfunção sexual (disfunção eretil, ejaculação precoce e retardada) é algo comum. A expectativa do sexo em busca de performace estética e do ato tal qual o vídeo também predispõe tais sintomas.

Como melhorar?

Ratifico que não é um quadro que toda comunidade científica trata como doença.

Ainda assim é importante uma avaliação para conseguir entender se não há um quadro psiquiatrico associado, como uma ansiedade, depressão, bipolaridade, que poderiam motivar a pessoa buscar a pornografia e masturbação para algum alívio do seu quadro. 

Até porque o consumo de pornografia em si no geral é sintoma de algo, tem algo por trás que leva a essa prática.

Mas algo que já poderia ajudar nisso seria a mudança de hábitos relacionados à esses atos.

E para isso é importante identificar os gatilhos que levam a pessoa ao consumo de pornografia.

Também deve-se manter distância e dificultar o acesso aos sites e outras fontes de tais materias (grupos de WhatsApp, por exemplo).

 

 

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