TDAH: 5 coisas para você entendê-la melhor
O TDAH tem sido uma das doenças da psiquiatria mais estudadas atualmente. Nesse artigo você aprenderá um pouco mais sobre TDAH sintomas e tratamento.
Índice
Qual médico procurar para TDAH?
O médico de TDAH é aquele que estuda e trabalha focado na área de saúde mental.
Quando pensamos em qual médico identifica TDAH ou qual médico trata déficit de atenção é sempre bom irmos atrás daquele profissional que te acolhe, ouve sua história, te entende, orienta e trata.
Dr. Luís é médico para TDAH, com prática e resultados no tratamento desse quadro.
O que é?
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica que tem como principais características principais a redução sustentada no nível de atenção (desatenção) e uma intensificação da impulsividade ou hiperatividade, que geram prejuízos no funcionamento e desenvolvimento.
Tem se usado diversas nomenclaturas para se referir ao mesmo quadro ou suas variantes.
Antigamente usava-se o termo DDA (Distúrbio de déficit de atenção), menos usado atualmente.
O TDAH ou TDHA que apresenta esses dois sintomas guia para seu diagnóstico. Por isso podemos ver tipos de TDAH, dependendo do que predomina: TDA (desatenção), TDAH combinado (ambos), TDAHI (associado com impulsividade).
1. Desatenção
A desatenção é um dos principais pontos quando pensamos nos sinais de TDAH. Uma pessoa desatenta não igual a outra, de modo que pode se apresentar dessas diversas formas:
- Não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido em tarefas ou trabalho.
- Dificuldade de manter o foco durante aulas, conversas ou leituras prolongadas.
- Parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente.
- Dificuldade de seguir instruções até o fim e terminar trabalhos (perde o foco e o rumo).
- Desorganizado e desleixado.
- Administra mal o tempo e tem dificuldade em cumprir prazos.
- Perde coisas, como materiais escolares, carteiras, chaves, documentos, óculos, celular.
- Se distraí facilmente por estímulos externos ou pensamentos aleatórios.
- Esquecido em relação a atividades cotidianas (realizar obrigações, pagar contas, manter horários agendados).
2. Hiperatividade e Impulsividade
A hiperatividade também faz parte dos sintomas principais do TDAH, mas é mais evidente em crianças (vai ser uma criança hiperativa -hiperatividade infantil) e adolescentes.
Normalmente no TDAH adulto esses sintomas se tornam mais brandos do que na infância e adolescência, podendo ainda persistir a impulsividade como um problema.
Tal como a desatenção, podem ter apresentações diversas, como as seguintes formas:
- Se remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira.
- Levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado (sala de aula, trabalho).
- Corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado.
- Sensação de inquietude.
- Dificuldade de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente.
- Não consegue ou se sente desconfortável em ficar parado por muito tempo.
- Pode ser visto como alguém inquieto ou difícil de acompanhar.
- Frequentemente fala demais.
- Termina frases dos outros, não consegue aguardar a vez de falar.
- Dificuldade para esperar a sua vez, como, por exemplo, aguardar em uma fila.
- Frequentemente interrompe ou se intromete em assumir o controle sobre o que outros estão fazendo).
É comum?
Tem uma prevalência de cerca de 5% em crianças e 2,5% de TDAH em adultos, sendo mais comum no sexo masculino, que no feminino.
É uma doença que começa na infância e pode persistir na fase adulta.
Cerca de 40% das crianças não apresentarão sintomas na vida adulta, logo TDAH tem cura.
A maioria dos que persistem com os sintomas tentem a tê-los de forma mais branda quando adultos.
Qual a causa?
Assim como a maioria dos transtornos da psiquiatria, diversas são as causas que podem influenciar no desenvolvimento desse quadro. Entre as principais temos:
Causas genéticas:
É de 2 a 8 vezes mais comum de ser encontrada em quem tem parentes de primeiros grau com TDAH, comparado com quem não tem.
Causas neuroquímicas:
Postula-se que o desequilíbrio dos neurotransmissores dopamina e norepinefrina na região do córtex pré-frontal (responsável pela atenção e na regulação de impulsos) sejam os responsáveis pelo surgimento dos sintomas do TDAH.
Causas ambientais:
Durante o desenvolvimento da criança a exposição à fatores estressantes como baixo peso ao nascer, toxinas, infecções tem mostrado relação com o surgimento do TDAH.
Sou inquieto e desatento, não é TDAH?
Depende. Talvez sim, talvez não.
Devo sempre lembrar que o diagnóstico deve sempre ser feito por um médico com experiência na área.
Em minha prática vejo muitos pacientes buscando atendimento com queixa de desvio de atenção, mas nem todos tem TDAH.
Antes de tudo, no entanto, é preciso entender que a desatenção, assim como a hiperatividade e impulsividade, não são exclusivos de quem tem Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade.
Há vários quadros que também poderiam cursas com sintomas similares. Na infância há doenças como o transtorno específico de aprendizagem, deficiência intelectual, transtorno do espectro autista (TEA), transtorno oposição desafiante (TOD) que podem mimetizar ou estar em conjunto com o TDAH.
Os transtorno de ansiedade, depressão, bipolaridade, transtornos de personalidade são condições comuns e que podem gerar confusão quando interferem nos sintomas de desatenção e hiperatividade ou impulsividade.
A dependência de substâncias e uso de fármacos podem nos confundir com o diagnóstico também. O uso de broncodilatadores, neurolépticos e até mesmo o tratamento para de reposição de hormônio da tireoide podem induzir sintomas desse quadro.
Como tratar?
O tratamento de primeira linha é o uso de psicoestimulantes.
O que se tem no mercado são as moléculas metilfenidato (Ritalina, Ritalina LA) e lisdexanfetamina (Venvanse). Cada uma delas apresenta suas particularidades em potência e duração (e custo), que na prática também vão depender da dose utilizada e da adaptação do paciente à medicação.
O uso de bupropiona (antidepressivo) tem se mostrado efetivo para o tratamento do TDAH, assim como o estimulantes do sistema nervoso central, ainda que não sejam as medicações de primeira escolha.
Para tratamento da hiperatividade é possível o uso de outras classes de medicações como a clonidina, um antihipertensivo (agonista 2 alfa adrenérgico).
O processo de tratamento também consiste em tratar as condições associadas. Por isso é comum o uso de antidepressivos para o tratamento de ansiedade e depressão, quadros frequentemente associados ao TDAH.
Além da medicação é recomendável para todos os portadores de TDAH o acompanhamento multidisciplinar com psicólogo, preferencialmente de abordagem Terapia Cognitivo Comportamental (TCC).
Também é interessante – em especial para crianças – a realização de outras intervenções psicossociais como a psicoeducação, desenvolvimento de habilidades acadêmicas, reabilitação, treinamento de pais, modificação comportamental em sala de aula e em casa e treinamento de habilidades sociais.
Considerações finais
As pessoas com TDAH podem enfrentar dificuldades em várias áreas, incluindo desempenho acadêmico, relações interpessoais e organização pessoal. É importante compreender esses desafios para ajudar as pessoas afetadas a superá-los e alcançar seu potencial.
Há muitos mitos e estigmas associados ao TDAH, incluindo a ideia de que é uma condição inventada ou que é causada por maus hábitos parentais ou que são pessoas preguiçosas e irresponsáveis. É importante entender a verdade sobre o TDAH para combater esses estigmas e ajudar as pessoas afetadas a obter o tratamento e o apoio que precisam.
Gratidão pelo conteúdo. Me ajudou muito.
Gratidão por todo o conteúdo. Abriu minha mente para entender o que vivo em casa.
Estou na terceira idade e a hiperatividade continua a mesmo , mesmo meu corpo reclamando ela não diminuiu, principalmente a velocidade cerebrais sempre a mil, mente continua acelerada
Bom dia gostei da sua explicação tenho um filho com TDAH e está muito difícil pra ele está sendo administrado remédios mas acho que não está sendo correto no caso dele obrigado pelas informações